terça-feira, 11 de setembro de 2012

MATEMÁTICA


Avaliação da Aprendizagem Matemática

A avaliação da Aprendizagem Matemática


Atualmente as escolas, na sua grande maioria, possuem uma política de avaliação de rendimento escolar centrada por assim dizer, na dicotomia aprovação/reprovação. Neste contexto, não há espaço para uma prática de avaliação, que ajude na identificação de superação de dificuldades no processo de ensino e aprendizagem, tanto do aluno como do professor.

A avaliação na maioria das nossas escolas, públicas ou não, é eminentemente somativa, sempre preocupada com os resultados finais que levam a situações irreversíveis no que diz respeito ao desempenho dos alunos, sem que sejam levadas em contas a muitas implicações, inclusive sociais, de um processo decisório fatal do ponto de vista educativo.

Avaliar a aprendizagem corresponde a uma necessidade social. A escola recebe o mandato social de educar as novas gerações e por isso, deve responder por esse mandato, obtendo dos seus educandos a manifestação de suas condutas aprendidas e desenvolvidas“ (LUCKESI, p.174,2002).

Nos valendo das idéias de Piaget (1991) que considera que a escola e alguns professores têm retirado a autonomia do aluno como meio para desenvolver a aprendizagem com maior eficiência e criatividade. Segundo ele, os professores com atitudes negativas não encorajam os alunos a desenvolverem e a atingirem a esta autonomia, limitando muito o desenvolvimento do pensamento crítico, isto, os professores com atitudes negativas dão oportunidade aos alunos de persistirem em seus próprios esforços. Portanto, é de fundamental importância que as escolas desenvolvam programas que ajudem não apenas o aluno, mas também os professores a desenvolver atitudes favoráveis em relação a aprendizagem matemática.

É Fundamental ver o aluno como um ser social e político sujeito de seu próprio desenvolvimento. O professor não precisa mudar suas técnicas, seus métodos de trabalhos; precisa sim, ver o aluno como alguém capaz de estabelecer uma relação cognitiva e efetiva, mantendo uma ação interativa capaz de uma transformação libertadora, que propicia uma vivencia harmoniosa com a realidade pessoal e social que o envolve.

Assim, compreendemos que o professor que leciona matemática nas séries iniciais do Ensino Fundamental deve agir sempre como facilitador, aquele que ajuda o aluno a superar seus limites. Valendo-se de atividades e avaliações criativas que permita ao seu aluno construir a aprendizagem de forma significativa, ou seja, que o faça interagir conhecimento escolar com o meio social no qual está inserido.

Blocos Lógicos


Atividades com Blocos Lógicos


Nas classes de educação infantil, essas pequenas peças geométricas, criadas na década de 50 pelo matemático húngaro Zoltan Paul Dienes, são bastante eficientes para que seus alunos exercitem a lógica e evoluam no raciocínio abstrato. Em pequenas doses, com brincadeiras e atividades dirigidas, você pode tirar todo o proveito didático que o material oferece. Com os blocos lógicos é possível, por exemplo, ensinar operações básicas para a aprendizagem da Matemática, como a classificação e a correspondência. Essa ajuda certamente vai facilitar a vida de seus alunos nos futuros encontros com números, operações, equações e outros conceitos da disciplina.
LIVRE CRIAÇÃO

O primeiro passo é promover o reconhecimento do material. Com cartolina ou outro material semelhante, prepare pranchas com desenhos feitos nas formas dos blocos lógicos ­ uma casinha formada de um retângulo e um triângulo, por exemplo. Em seguida, os alunos reproduzem a figura utilizando as peças. Para isso, vão observar e comparar as cores, os tamanhos e as formas que se encaixam.
O trabalho em grupo enriquece a atividade, pois as crianças certamente vão discordar entre si. O diálogo contribuirá para o conhecimento físico de cada bloco. Depois de completar alguns desenhos, os próprios alunos criam novas figuras.
Trenzinho feito com círculos, quadrados e retângulos: formas livres no primeiro contato das crianças com as peças dos blocos lógicos

A HISTÓRIA DO PIRATA
Agora, conte a seguinte história: "Era uma vez um pirata que adorava tesouros. Havia no porão de seu navio um baú carregado de pedras preciosas. Nesse porão, ninguém entrava. Somente o pirata tinha a chave. Mas sua felicidade durou pouco. Numa das viagens, uma tempestade virou seu barco e obrigou todos os marinheiros a se refugiarem numa ilha. Furioso, o pirata ordenou que eles voltassem a nado para resgatar o tesouro. Mas, quando retornaram, os marujos disseram que o baú havia sumido. 'Um de vocês pegou', esbravejou o pirata desconfiado." Nesse ponto, começa o jogo com as crianças. Peça que cada uma escolha um bloco lógico. Ao observar as peças sorteadas, escolha uma delas sem comunicar às crianças qual é. Ela será a chave para descobrir o "marujo" que está com o tesouro. Apresente então um quadro com três colunas (veja abaixo). Supondo que a peça escolhida seja um triângulo pequeno, azul e grosso, você diz: "Quem pegou o tesouro tem a peça azul". Pedindo a ajuda das crianças, preencha os atributos no quadro. Em seguida, dê outra dica: "Quem pegou o tesouro tem a forma triangular". Siga até chegar ao marinheiro que esconde o tesouro. A atividade estimula mais que a comparação visual. Também exercita a comparação entre o atributo, agora imaginado pela criança, e a peça que a criança tem na mão. A negação (segunda coluna do quadro) leva à classificação e ajuda a compreender, por exemplo, que um número pertence a um e não a outro conjunto numérico.
QUAL É A PEÇA?
Para descobrir, as crianças entram numa competição. Você deve dividir a turma em grupos e distribuir um conjunto de atributos para cada um contendo as características de uma peça (por exemplo: amarelo, triângulo, grande e fino). Em seguida, o grupo tem que selecionar a peça correspondente e apresentá-la às outras equipes. A competição pode girar em torno de qual grupo encontra a peça correta em menos tempo ou de qual grupo encontra mais peças corretas. À medida que acertam, recebem uma pontuação. Outra opção é cada equipe desafiar os outros grupos da classe distribuindo eles mesmos os atributos. Nesse jogo, as propriedades dos blocos são apresentadas de forma separada. O raciocínio lógico estará voltado para a composição e a decomposição das características de cada peça. Antes de escolher a peça correta, a criança terá de imaginá-la com todas as suas características. Esse é o mesmo processo pelo qual as crianças passarão quando estiverem formando o conceito de número. Conforme evoluírem, saberão que o número 4, por exemplo, é par, maior que 3 e menor que 5, sem precisar usar materiais concretos para isso. Nessa fase, entendem também que é importante saber os nomes corretos de cada característica. Não pode haver dúvida entre o que é amarelo e o que é vermelho, por exemplo. Mais adiante, também não poderão vacilar entre o que seja um quadrado e um pentágono, um número inteiro e um fracionário.

O JOGO DAS DIFERENÇAS
Nesta atividade, as crianças trabalham sobre um quadro contendo três peças. O desafio consiste em escolher a quarta peça observando que, entre ela e sua vizinha, deverá haver o mesmo número de diferenças existente entre as outras duas peças do quadro. As peças devem ser colocadas pelo professor de forma que, em primeiro lugar, haja apenas uma diferença. Depois duas, três e, por fim, quatro diferenças entre as peças. A intenção é que as crianças façam comparações cada vez mais simultâneas quando estiverem pensando na peça que se encaixe em todas as condições. Esse raciocínio lhes será útil em várias situações do cotidiano, como dirigir um carro ou operar um computador, bem como em temas futuros da Matemática. Afinal, quase sempre há mais de uma resolução para um problema ou um sistema de equações. A criança terá que ponderá-las para chegar à forma mais conveniente.
SIGA OS COMANDOS
As crianças vão transformar uma peça em outra seguindo uma seqüência de comandos estabelecida pelo professor. Esses comandos são indicados numa linha por setas combinadas com atributos. No exemplo da foto, vemos uma seqüência iniciada com os atributos círculo, azul e grosso. As crianças então escolhem a peça correspondente. O comando seguinte é mudar para a cor vermelha. As crianças selecionam um círculo grosso e vermelho. Em seguida, devem mudar para a espessura fina. Então, um círculo vermelho e fino é selecionado. Assim por diante, o professor pode continuar acrescentando comandos ou pode apresentar uma seqüência pronta. Depois é feito o processo inverso. As crianças são então apresentadas a uma nova seqüência de comandos, já com a última peça. Elas deverão reverter os comandos para chegar à peça de partida. A atividade é essencial para o entendimento das operações aritméticas, principalmente a soma como inverso da subtração e a multiplicação como inverso da divisão. E também contribui, no futuro, para que as crianças resolvam problemas e entendam demonstrações, atividades que exigem uma forma de raciocínio em etapas seqüenciais.

Matemática na Educação Infantil

Inserindo a Matemática
na Educação Infantil
Existem muitas formas de conceber e trabalhar com a matemática na Educação Infantil. A matemática está presente na arte, na música, em histórias, na forma como organizo o meu pensamento, nas brincadeiras e jogos infantis. Uma criança aprende muito de matemática, sem que o adulto precise ensiná-la. Descobrem coisas iguais e diferentes, organizam, classificam e criam conjuntos, estabelecem relações, observam os tamanhos das coisas, brincam com as formas, ocupam um espaço e assim, vivem e descobrem a matemática. Contudo, é importante pensarmos que tipo de materiais podemos disponibilizar para as crianças a fim de possibilitar-lhes tais descobertas. 
Existem no mercado diversos materiais que podem ser utilizados pelos professores para enriquecer o contato com o universo matemático. São músicas, livros de histórias infantis, encartes de revistas, brinquedos e jogos pedagógicos, que podem ser facilmente encontrados e que permitem à criança o contato com os números, com as formas, com as quantidades, seqüências, etc. Além desse material, é possível que o professor crie seu próprio material de trabalho, confeccionando quebra-cabeças, seqüências lógicas, desenvolvendo atividades com ritmo, oferecendo palitos e outros materiais, propondo jogos e brincadeiras e possibilitando a criação das crianças.
Quanto ao trabalho com os números, é importante compreendermos que estes são símbolos que representam graficamente uma quantidade de coisas que poderiam ser representadas de outra forma. Assim, antes de descobrir os números, é importante ajudarmos as crianças: dizer quantos têm, mostrar nos dedinhos e brincar com tudo isso. 
O importante é que o professor perceba que pode trabalhar a matemática na Educação Infantil sem se preocupar tanto com a representação dos números ou com o registro no papel, pode colocar em contato com a matemática crianças de todas as idades, desde bebês. Podemos pensar a matemática a partir de uma proposta não-escolarizante, que permita à criança criar, explorar e inventar seu próprio modo de expressão e de relação com o mundo. Tudo o que temos que fazer é criar condições para que a matemática seja descoberta, oferecer estímulo e estar atentos às descobertas das crianças.

Matemática
Trabalhando quantidades, percepção visual e lista.
Eu acho essa atividade muito bonitinha e resolvi compartilhar com vocês!!!






:) Os Numerais

Numerais Naturais
Quantidades 0 a 9











Dezena

Trabalhando a Dezena


Aqui está uma maneira bem divertida de se introduzir a Dezena.
Como as crianças amam ouvir histórias, segue esta dica...
Você pode aproveitar a idéia e aperfeiçoar sua aula!


MATEMÁTICA


Matemática - Números Naturais

Ajudando seu aluno a conceituar
                   números naturais



        Você já observou crianças pequenas contando? Quando contam uma coleção de objetos, “recitam” números, muitas vezes “saltando” alguns e repetindo outros. Se os objetos estão espalhados, elas costumam contar alguns mais de uma vez e deixar de contar outros. Além disso, não é claro para algumas quando devem parar a contagem. Crianças neste estágio, ainda não desenvolveram o conceito de número, mas ele está presente em suas vidas – e isso incentiva suas primeiras tentativas de contagem. As crianças levam para a escola essa “vontade” de contar, que deve ser incentivada e explorada.

a) Atividades de contagem

         Da mesma forma que uma criança aprende a falar enquanto fala (corretamente ou não), ela deve aprender a contar enquanto conta. Aproveite as muitas oportunidades que aparecem em sala de aula para contar. Sempre que for significativo para os alunos, conte (e peça para que as crianças contem) alunos, lápis, brinquedos, etc. Extrapole os limites de contagem das crianças (por exemplo, se elas só contam até 10, introduza a contagem com 15 ou 20 elementos). Não espere até que seu aluno tenha o conceito pronto para fazer contagens (isso seria como pedir que uma criança só falasse quando já soubesse fala corretamente).

b) Atividades estabelecendo relações entre coleções diferentes

         Estas atividades (correspondência um a um entre os elementos de duas coleções) conduzem á comparação de quantidades e preparam para o conceito de igualdade e desigualdade entre números.

Por exemplo: Distribua para cada aluno 6 canetas e 6 tampas de caneta. Pergunte: “Há mais canetas do que tampas?”

         Observe as estratégias utilizadas pelos alunos para comparar, pois algumas disposições espaciais podem causar dificuldades nos primeiros estágios. Peça então que os alunos retirem e coloquem as tampas nas canetas. Em seguida, repita a pergunta.

         Repita este tipo de atividade, variando os materiais e as quantidades envolvidas, sempre permitindo que seus alunos desenvolvam suas próprias estratégias de comparação. Você pode usar, por exemplo: pires e xícaras, os próprios alunos e suas carteiras, pedras pequenas e pedras grandes, etc. Aos poucos, os alunos devem concluir que a quantidades de objetos é independente da forma e do tamanho (por exemplo: podem existem menos pedras grandes que pedras pequenas, embora quando amontoadas, as pedras grandes ocupem um volume maior do que as pedras pequenas).

c) Atividades lúdicas

         Explore o gosto das crianças por jogos e brincadeiras para criar situações de aprendizagem.

Por exemplo: Jogo MAIOR LEVEZA


Para este jogo são utilizados 40 cartões, como ilustrado acima, que apresentam a representação numérica e pictórica dos números de 1 a 10 (podemos também usar as cartas de um a dez de um baralho). Os cartões são divididos por 2 crianças.

Cada criança abre um cartão de seu monte os valores são comparados. Quem tiver o maior valor, fica com os dois cartões. Em caso de empate, novos cartões são abertos e o aluno que tiver o maior número nesta nova rodada ganha os quatro cartões. Ao final do jogo, ganha quem tiver mais cartões.

         Crie variações deste jogo, usando novos cartões com números e representações pictóricas de cada valor para ampliar o limite numérico (até 20, por exemplo).


* pesquisa retirada, resumida e adaptada do Programa Pró-Letramento (Matemática)

Igual ou Diferente

Selecionei e editei umas atividades bem bacanas para trabalharmos os sinais matemáticos:



Antecessor e Sucessor

Hoje trouxe uma atividade lindinha para trabalharmos o Antecessor e o Sucessor dos numerais de 1 a 9:




Após você trabalhar o antecessor e sucessor de cada numeral com atividades concretas, conclui com o registro através da atividade impressa.

Aqui eles encontrarão os palhacinhos que indicam o numeral com os dedinhos. Recortarão e colarão nos lugares certos.

Esta é uma atividade que as crianças adoram!

Espero que vocês gostem e que possam aproveitar para enriquecer a aula de Matemática.


Lateralidade


Lateralidade
Lateralidade é o uso que as pessoas fazem de uma das duas partes do seu corpo. Todas as funções corporais são determinadas pelo lado esquerdo ou pelo direito.
A criança, como também o adulto, tem sempre um lado do corpo que utiliza mais quando executa uma atividade, um movimento, como pegar e usar objetos, escrever, etc. Não se deve forçar a mudança do lado dominante da criança. O conhecimento e o domínio específico de um dos lados do corpo só é adquirido por ela quando há uma perfeita sintonia do esquema corporal.
O bebê ao nascer não tem opção por nenhum dos lados do corpo, ou seja, a posição reflexa é assimétrica: os membros do corpo ficam esticados para o lado em que a cabeça está virada. Já no terceiro mês de vida, ela entra num período de simetria: quando deitada de costas, movimenta igualmente os dois lados.
Aproximadamente com um ano meio de idade, já expressa preferência por um dos lados do corpo, notando-se isso quando ela passa a usar sempre a mesma mão para realizar determinadas tarefas. Mas nem sempre essa preferência se mantém; os dois lados são ainda utilizados.
Aos três anos ela já utiliza exclusivamente a mão dominante. É importante então não forçá-la a usar só a mão direita se o predomínio é dado à mão esquerda. 


Para um efetivo conhecimento da lateralidade, é preciso levar a criança a:
- dominar a noção de esquerda/direita em relação a seu corpo e ao ambiente;
- estabelecer com clareza o lado dominante do seu corpo;
- empregar os termos direita e esquerda;
- compreender que nosso sistema de escrita é convencionado da esquerda para a direita.
O domínio da lateralidade faz parte de um complexo de habilidades que envolvem o esquema corporal, a orientação espaço-temporal e as percepções.

Sugestões de atividades de
lateralidade
 


As crianças devem ser estimuladas a partir de propostas variadas e oportunas.

1. Determinar a mão dominante realizando exercícios de apanhar objetos, lançar bolas, recolher papéis, grafar.
2. Reconhecer que o corpo tem dois lados exatamente iguais. O professor apresenta um dos lados de um boneco desenhado em cartolina e dobra o outro. As crianças são estimuladas, pouco a pouco, a descobrir as partes do corpo do boneco que se encontram no lado coberto. No final, o professor desdobra o desenho e apresenta a figura completa.

3. Colocar uma fita azul amarrada no pulso direito e uma fita vermelha amarrada no pulso esquerdo. A um sinal determinado pelo professor, as crianças devem erguer o braço dominante, ou o braço solicitado.
4. Obedecer ordens dadas pelo professor: “A porta está do seu lado direito. Vá abri-la!” ou “As janelas estão do seu lado esquerdo. Feche uma delas.”
5. Apontar o colega que está sentado à direita ou à esquerda. Dizer o nome dele.
6. Caminhar para a direita ou para a esquerda.
7. Dar passos para a direita. Dar meia volta e continuar caminhando só pelo lado direito. Fazer o mesmo com o lado esquerdo.
8. Fazer movimentos seguindo ordens de comando: “Virar à direita! Virar à esquerda! Levantar o braço direito! Levantar o braço esquerdo! Apontar para a direita! Apontar para a esquerda!”
9. Ao passar para o trabalho com material gráfico, o professor deve valer-se dos exercícios de simetria, solicitando às crianças que completem o lado da figura que não está desenhado.



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ROTINA DA ALFABETIZAÇÃO ( 1º ANO)


Organizar a rotina da alfabetização


Antes de receber a turma de alfabetização, o professor deve planejar que atividades vão proporcionar o contato sistemático e significativo com práticas de leitura e de escrita



Aos 5 ou 6 anos de idade, as crianças percebem mais claramente que existem outras formas de representar o mundo sem ser por meio de desenhos cheios de traços e cor. Descobrem, enfim, a presença e a importância da escrita, que permite a todos comunicar ideias e opiniões por meio, por exemplo, de cartas, bilhetes, notícias e poemas. Mas, para que cada um dos pequenos dê esse grande salto no aprendizado, é preciso que a atuação do professor no Ensino Fundamental de nove anos esteja ajustada a esse propósito. 

O passo inicial é definir com antecedência as atividades que vão fazer do ano letivo um encadeamento de descobertas, cada uma delas mais desafiante que a outra. "O educador precisa ter uma visão geral do trabalho para prever em que ritmo as propostas de leitura e escrita vão se aprofundar ao longo do período", explica a professora argentina Mirta Torres, especialista em didática da leitura e da escrita.

Segundo Mirta, nesse planejamento é importante considerar que cada criança já está em processo de alfabetização. "Antes de irem para a escola, os pequenos tiveram contato com práticas de leitura e de escrita, com maior ou menor grau de espontaneidade, ao escutar os pais lerem histórias, ao folhearem livros ou ao verem adultos e outras crianças escreverem", pontua. O que muda é que na escola esse processo passa a ser intencional e sistemático, ganhando sentido e contando com a participação ativa de cada estudante.

Para chegar ao detalhamento da rotina semanal de uma classe de 1º ano, o educador precisa ter clareza de que itens devem ser combinados e com que regularidade devem ser praticados para permitir às crianças entender em que situações se lê e se escreve, para que se lê e se escreve e quem lê e escreve. "E não é necessário ter sempre novidades programadas. A continuidade dá segurança aos alunos e, associada à diversidade de assuntos, amplia o repertório deles", explica Debora Samori, pedagoga e formadora de professores do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac). Um planejamento acertado contempla três tipos de atividade. 
1. Atividades permanentes 

São essenciais para o processo de alfabetização. Por isso, devem ser praticadas diariamente ou com periodicidade definida e em horário destinado exclusivamente a elas. Incluem: 

1. A leitura pelo professor, feita diariamente, em voz alta, caprichando na entonação para aumentar o interesse e tomando cuidado para variar os gêneros durante o ano: contos, cartas, notícias, poemas etc. 

2. A leitura pelos alunos, feita em dias alternados com atividades de escrita, sempre tendo como objeto textos que eles conheçam de cor, como cantigas, parlendas, trava-línguas, textos informativos etc. 

3. A escrita pelas crianças, feita em dias alternados com atividades de leitura, tendo como objeto a produção de listas de nomes de colegas, de frutas, de brinquedos etc., que podem ser escritas pelos estudantes com lápis e papel ou com letras móveis. 

4. A produção de texto oral com destino escrito, feita em dias alternados com atividades de leitura, quando os alunos criam oralmente um texto e o ditam para o professor, trabalhando o comportamento escritor. 

2. Sequências de atividades 

São organizadas para atingir diversos objetivos didáticos relacionados ao ensino e à aprendizagem da leitura e da escrita. Necessariamente apresentam um nível progressivo de desafios. A duração varia de acordo com o conteúdo eleito. Pode levar dois meses ou chegar a quatro, sendo praticada duas ou três vezes por semana. Visam levar as crianças a construir comportamentos leitores associados a propósitos como ler para aprender, ler para comparar diferentes versões de uma mesma obra e ler para conhecer diversas obras de um mesmo gênero. Em um bimestre, pode ter como objetivo trabalhar a leitura de contos de autores variados. Em outro, pode eleger a leitura de seções de jornal para que a turma se habitue a outro tipo de texto. 
3. Projetos didáticos 

São formas de organização dos conteúdos escolares que contribuem para a aprendizagem da leitura e da escrita ao articular objetivos didáticos e objetivos comunicativos. A sequência de ações de um projeto culmina na elaboração de um produto final (um livro de receitas saudáveis para as merendeiras da escola, uma gravação em CD ou fita cassete com a leitura de poesias para alunos de Educação de Jovens e Adultos, um jornal de bairro a ser distribuído para a comunidade etc.). Pode durar todo um semestre e ter ou não conexão com o projeto didático proposto para o segundo semestre. No primeiro, por exemplo, os alunos ouvem a leitura de poesias e decidem quais farão parte de um livro escrito pelo professor (que atua como escriba) e ilustrado por eles. A destinação da obra deve ficar clara. Pode ser o acervo de livros da professora, a biblioteca da escola, a família das crianças ou colegas de outra turma. No segundo semestre, uma proposta poderia ser a leitura pelos alunos de poesias que sabem de memória para depois serem declamadas em público em um sarau organizado por eles, reunindo os pais, os estudantes e a comunidade.

Avaliar sempre

Com base nas atividades essenciais e a frequência com que devem ser realizadas, o professor pode fazer uma programação detalhada do que vai trabalhar durante o ano (veja um exemplo no quadro abaixo). Após essa distribuição, é possível fazer agendas de 15 ou até 30 dias de aulas, dia após dia, de segunda a sexta-feira. Essa é uma etapa de grande importância no planejamento. Nela, os projetos didáticos e as sequências de atividades também são elaborados em detalhes, definindo-se justificativas, tempos de duração, materiais necessários, aprendizagens desejáveis e desenvolvimento passo a passo. 

Colocar tudo no papel faz pensar na forma de realização das atividades, além de antecipar a necessidade de separação ou de compra de materiais: que livros devo ter à mão para ler aos alunos? Quais voltarei a ler ao longo do ano? Quais devo ter em maior quantidade para permitir que todos acompanhem a leitura? Como escreveremos a lista de nomes dos alunos? Como eles vão se apresentar à turma? 

Outro cuidado importante é, logo nas primeiras atividades, identificar que habilidades, conhecimentos e dificuldades cada aluno traz de suas experiências de vida, seja em casa, seja na escola. "Esse é o momento de observar, tomar nota e refletir sobre a atuação de cada um em tarefas coletivas, em atividades realizadas em duplas ou trios e em momentos de trabalhos individuais, o que permitirá acompanhar a evolução dela no ano", orienta a pedagoga Debora Samori. 

A classe pode ter crianças em diferentes níveis de conhecimento em relação à escrita. O professor não deve encarar isso como um problema. Cada aluno é importante e traz características que devem ser identificadas e aproveitadas. A orientação é ajustar o foco, pensar nas possibilidades de interação e troca e seguir em frente com o trabalho. 

Há uma infinidade de descobertas a serem feitas por seus futuros leitores e escritores, e eles vão precisar de muitos desafios para dizer o que pensam e compreender o que leem.


ORIGAMES



Sugestões de atividades com dobradurasAs dobraduras mais acessíveis às crianças da pré-escola são aquelas que exigem no máximo quatro ou cinco movimentos de dobrar. Os primeiros movimentos devem ser o de dobrar um papel ao meio, abri-lo e depois novamente dobrar ao meio. Dobrar na diagonal também é importante. 

Todo o caminho da dobradura deverá ser feito por etapas. O professor realiza a ação de dobrar e os alunos imitam. Cada peça dobrada merece uma conversa. Assim: “Vamos dobrar o papel bem no meio e colocá-lo em pé sobre a mesa. O que temos? Uma cabana.” A conversa prossegue: “E se dobrarmos novamente? O que vamos conseguir? Uma cabaninha.” As cabanas poderão ser decoradas com lápis de cor, pintadas com tinta, decoradas com colagem de pauzinhos, serragem, aparas de lápis, etc.


Para iniciar qualquer dobradura é interessante que o professor entregue as crianças um papel quadrado, do tamanho ideal para confeccionar as peças.









Origami - Papai Noel


Papai Noel


Olá!!!
Olhem só que lindo este Origami do Papai Noel!


Origami - Estrela

Estrela de Natal